O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou no último dia 25,
em Lisboa, que o acordo ortográfico da língua portuguesa deverá estar
implantado no Brasil até 2011. No início da 7.ª Conferência de Chefes
de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa,
Fernando Haddad apontou o acordo como uma peça-chave da cooperação com
os países africanos.
"Estamos tendo conversas informais com grupos editoriais
brasileiros, sobretudo os que trabalham com livros didáticos, prevendo
um prazo de dois ou três anos (para a implementação do acordo)", disse o ministro.
Segundo ele, a idéia é levar a consulta pública dentro de 30 dias a
minuta do decreto presidencial sobre o acordo. "Pretendemos publicar
esse decreto presidencial talvez ainda em setembro ou outubro",
afirmou.
O acordo consagra mudanças relativamente pequenas. Segundo os
lingüistas que prepararam o acordo - Antônio Houaiss, pelo Brasil, e
João Malaca Casteleiro, de Portugal -, 0,43% das palavras no Brasil e
1,42% em Portugal passarão por mudanças.
O idioma português é o quinto mais falado do mundo, alcançando 200
milhões de pessoas. A comunidade lusófona é constituída por Brasil,
Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e
Príncipe (os cinco últimos na África) e por Macau, Timor Leste e Goa no
Oriente, onde também esteve presente a colonização portuguesa.
A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa, a
lusitana e a brasileira, tem sido considerada como amplamente
prejudicial à integração intercontinental do português e para sua
importância no mundo. Tal situação remonta a 1911, ano em que foi
adotada, em Portugal, a primeira grande reforma ortográfica, mas que
não foi extensiva ao Brasil.
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